sábado, 15 de dezembro de 2018

Nunca bata palmas para maluco dançar


Os iracundos

Você já deve ter se perguntado várias vezes o significado de algumas expressões populares. A que acho mais interessante é aquela que fala: “Nunca bata palmas para maluco dançar”.
A origem desta expressão tem haver com um povo antigo, chamado iracundos. Era um povo que cultivava a raiva, a ira, o ódio, e a contenda. A história é muito interessante porque como era um povo guerreiro que se autodestruía. Eram fortes e usavam arco e flecha. Também tinham duas características peculiares, eram cegos e surdos, ou seja, podia se falar o que quisesse que eles não o ouviriam, como também, poderia lhes apresentar qualquer verdade que eles não a enxergariam. Eles eram irascíveis. Não raciocinavam. Eram loucos.
A coisa mais interessante é que a expressão “Não bata palmas para maluco dançar” aconteceu nos primórdios da história. Os iracundos quando teve a sua região totalmente destruída por eles próprios, começaram a perambular pelo mundo.
Chegavam às cidades, andrajosos e munidos com arco e flecha e pediam as pessoas batessem  palmas. As pessoas perguntavam: porque bater palmas? Mas eles não ouviam e nem viam. Mas insistiam com as pessoas que batessem palmas. As pessoas pensaram, são loucos mesmos! Vamos bater palmas para ver o louco dançar.
Quando a população começava a se aglomerar a volta dos iracundos, batendo palmas, eles pegavam o arco e flecha, miravam para cima e atiravam. As flechas atiradas subiam tão alto que sumia de vista no infinito e as pessoas davam gargalhadas e aplaudiam. Mais e mais flechas eram atiradas e não acertavam em nada.
Após a sua apresentação, os iracundos agradeciam e se retiravam. Alguns segundos depois, uma flecha caiu e acertou uma criança que estava ao lado da mãe. Logo na frente outra acertou um idoso e mais adiante outras iam caindo e acertando mais e mais pessoas. De uma hora para outra, uma chuva torrencial de flechas matavam uma população inteira. E assim, os iracundos iam de uma cidade para outra, de um país para o outro.
Com o passar do tempo, as pessoas foram se esquecendo dos iracundos, isto porque, na verdade, eles camuflam-se muito bem. São capazes de falar coisas divinas. Mas, a maior revelação desta história, é que nunca podemos bater palmas eles.
Neste novo tempo, a primeira vez que tivemos notícias, foi quando um senhor muito bom estava para ser crucificado. Era um julgamento e o homem não tinha feito nada. Pelo contrário, tinha feito maravilhas. Por conta da sua palavra, paralíticos voltaram a andar andarem e  cegos enxergaram. Ele estava sendo julgado pela insistência em  confrontar as leis da época.
Então, o rei lavou as mãos e deu à população o direito de escolher.  Eles poderiam libertar um ladrão ou condenar aquele homem, um santo. Mas, os iracundos estavam misturados no meio da população e eles, sobretudo, são tóxicos. Só a aproximação deles, desperta nas pessoas coisas que não sabemos, que não são humanas, como ódio e a raiva.
Quando a população ouviu do rei: quem vocês querem que solte, este homem que nada fez contra vocês ou Barrabás, o ladrão?
Neste momento, a população irascível começou a gritar: solte Barrabás! Solte Barrabás!
Sendo assim, crucificaram aquele homem. Os iracundos cumpriram sua missão, disfarçaram e se se retiraram.
Outra vez, apareceram em 1922, na Itália e provocaram uma catástrofe. Em outra oportunidade, foi em 1933 na Alemanha, quando geraram uma guerra mundial que matou seis milhões de pessoas. Tudo isto, semeando a irracionalidade.
Novamente estamos vendo a presença dos iracundos entre nós. Amigos e parentes que nós nunca imaginávamos que fosse capaz de desenvolverem o ódio e a raiva sem a mínima justificativa, já mostraram sua face, e em alguns momentos, até falando em nome de Deus, o magnânimo.
Deus fala da bondade, paz e tolerância entre as pessoas. Deus jamais falaria coisas que os iracundos professam.
Nós estamos aplaudindo os iracundos. Eles continuam mirando suas flechas para os céus. Daqui a pouco eles vão se retirar e as flechas irão cair sobre nossas cabeças. Portanto, “não bata palmas para maluco dançar”.

 Texto compilado do vídeo do yotuber Juno Jr.



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